Alexandre Marvão, 2023.
Team Leader Mobility & House Management Deco Proteste
Vice-Presidente AASO
James P. Carse teorizou que existem dois tipos de jogos. “Um pode se chamar de finito; e o outro infinito. Um jogo finito é jogado com o propósito de ganhar, o jogo infinito é jogado com o propósito de continuar a jogar.” Esta teoria aplica-se em pleno à questão da sustentabilidade e a gestão empresarial.
Podemos gerir o negócio com vista unicamente a alcançar e ganhar um determinado “prémio”. Esse prémio será simplesmente um título e tem sempre um fim temporal e efémero. Pelo contrário, podemos valorizar o propósito de garantir a continuidade do jogo, sem fim temporal, como reconhecimento da qualidade dos serviços prestados e do retorno financeiro que permite manter o jogo indefinidamente, sempre em contínua vitória.
No que toca à gestão empresarial, a aplicação dos princípios de sustentabilidade, englobando as questões ambientais, sociais e económicas, considerado hoje os eixos fundamentais para a “salubridade” do negócio, apresenta-se como única forma de eternizar o jogo.
Claro que é sempre possível apostar numa gestão de jogo finito, procurando o ganho imediato indiferente a um, dois ou todos os três eixos da sustentabilidade. Mas este caminho de “terra queimada” não produz nada mais que ganhos imediatos, sem futuro e sem esperança de voltar a jogar.
O triangulo, Ambiente, Social e Governo, numa visão integrada no acrónimo ESG, passou a compor os indicadores para a avaliação da viabilidade e ética das empresas, através das quais os consumidores, investidores e reguladores irão valorizar ou penalizar a vários níveis as áreas de negócio e empresas.
Estes três eixos foram alicerçados pelas Nações Unidas com o desenvolvimento dos 17 ODS – Objetivos para o Desenvolvimento sustentável das Nações Unidas, que propõem um compromisso de todos com a Sustentabilidade. Os 17 Objetivos com 169 metas são os passos identificados para a garantia de um Mundo mais justo, mais digno, mais inclusivo e sustentável e devem ser atingidos até 2030.
A gestão com princípios ESG, sustentável e com claros objetivos e metas enquadradas nas ODS, é o único caminho para as áreas de negócio e às empresas se eternizarem, garantindo investimento, obtendo um maior retorno financeiro e o reconhecimento e deferência por parte dos clientes. Mas só para quem tiver a visão e a ambição de os abraçar.