SUSTENTABILIDADE & ÓPTICA

CARLOS DUARTE: EVOLUIR EM COOPERAÇÃO A BEM DA SUSTENTABILIDADE

SUSTENTABILIDADE & ÓPTICA
CARLOS DUARTE: EVOLUIR EM COOPERAÇÃO A BEM DA SUSTENTABILIDADE

Carlos A. M. Duarte, 2023.

Professor catedrático do IADE - Universidade Europeia

Sócio-Fundador AASO


Ao longo dos últimos cem anos, as estratégias utilizadas pelos agentes económicos para criar produtos competitivos conduziram à evolução e diversidade da oferta disponível para o consumidor final. Foi uma época caracterizada pela aplicação sistemática do conhecimento científico à resolução dos problemas económicos, visando o crescimento sustentado do nível de vida das populações.


Por outro lado, os novos materiais e as novas tecnologias do final do século XX e princípio do século XXI tornaram-se num desafio imenso, quer para os designers, quer ainda para os engenheiros, sabendo que a evolução em engenharia e da tecnologia tem progredido ao longo de dois eixos:

1. O aumento da complexidade;

2. A facilidade de utilização.


Hoje, temos assim e ao nosso dispor uma diversidade de soluções, incomensuravelmente mais complexas, e que nos induzem uma grande facilidade de uso nas nossas atividades diárias.


Portanto, este é o tempo e o momento adequado para refletirmos sobre estas oportunidades e os desafios que nos colocam, face ao incrível ritmo de mudança impulsionada pela tecnologia e o profundo impacto que esta irá ter nos modelos e consequentes comportamentos emergentes associados à transformação digital.


O próximo passo na digitalização da economia vai permitir processos mais eficientes, redução nos consumos de energia, minimização de desperdícios, com produtos de elevada customização e adaptados ao cliente. As fábricas serão cada vez mais automatizadas, com sistemas ligados entre si.


Contudo, também sabemos que, quanto mais raro é um acontecimento, maior perturbação causa em todos as estruturas humanas. Não admira, assim, que as estruturas que a nossa sociedade criou para os diversos sistemas sejam demasiadamente influenciáveis por acontecimentos fora de contexto ou pouco expectáveis de poderem ocorrer.


Por essa razão, o impacto da pandemia resultante da COVID-19 e posteriormente a incerteza criada pelo conflito em curso na Europa, tenha obrigado a repensar estratégias, alterar rumos e proceder a alterações necessárias que, no caso da generalidade das empresas foram obrigadas a se adaptarem às novas realidades.


É neste cenário, que em setembro de 2022, foi criada a AASO - Associação de Apoio à Sustentabilidade da Óptica, com o propósito de agregar organizações do ecossistema da ótica em Portugal e individualidades provenientes de diferentes setores da sociedade, para que este setor possa evoluir em cooperação e assim adotar princípios de sustentabilidade nas suas estruturas de gestão, em total alinhamento com a Agenda 2030, promovida pelas Nações Unidas.


Tratando-se de uma agenda universal, recorde-se aqui, encontra-se estruturada em 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e 169 metas a implementar por todos os países, e que pressupõe a integração dos ODS nas políticas, processos e ações desenvolvidas nos planos nacional, regional e global, de modo a erradicar a pobreza extrema, a combater desigualdades e a injustiça, para além de conter as mudanças climáticas.


Portugal materializa nos ODS 4 (educação de qualidade), 5 (igualdade de género), 9 (indústria, inovação, e infraestrutura), 10 (redução das desigualdades), 13 (ação contra a mudança global do clima) e 14 (proteger a vida marinha), as suas prioridades estratégicas na implementação da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável.

Estamos certos que a comunidade associada ao setor da ótica já encontrou o caminho para poder evoluir em cooperação a bem da sustentabilidade.




Carlos A. M. Duarte, licenciado em Design, na opção de Design Industrial, pelo IADE - Escola Superior de Design, doutor em Engenharia de Produção, pela Universidade da Beira Interior, com uma tese intitulada “Análise Relativista da Quantidade de Informação para Avaliação de Comportamentos Emergentes no Design” e detentor do título de agregado em Engenharia Eletrotécnica e de Computadores, pela Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, onde apresentou uma lição intitulada “Simplicidade, um parâmetro de Engenharia e do Design”. É ainda detentor de uma certificação em Formação Avançada em Políticas e Gestão da Inovação, no âmbito do PROINOV - Programa Integrado de Apoio à Inovação, promovido pela Presidência do Conselho de Ministros do XIV Governo Constitucional de Portugal. É desde 2014, professor catedrático do IADE - Universidade Europeia e membro da UNIDCOM/IADE – Unidade de Investigação em Design e Comunicação, unidade de I&D acreditada pela Fundação para a Ciência e Tecnologia com a classificação de “Muito Bom”.

Primeiro e único reitor do Instituto de Arte, Design e Empresa – Universitário (IADE-U), até à integração deste na Universidade Europeia em 2016. Vice-reitor da Universidade Europeia entre 2019 e 2022.

Domínio de especialização: design industrial/ produto e a sua relação com os sistemas de crenças para o estabelecimento de uma medida relativista da simplicidade e da complexidade, enquanto parâmetro quantitativo para as diferentes existências em design.

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