Rui Motty; AASO e prioridade à vida!
Nasceu oficialmente, em setembro, a Associação de Apoio à Sustentabilidade da Óptica (AASO). Porém, a vida deste organismo composto por organizações e pessoas inquietas já estava “nas ruas” muito antes, entre palavras, encontros, ideias e muita força de vontade. O “pai” do conceito foi o optometrista e empresário Rui Motty, que decidiu investir pensamentos e coração numa missão que hoje deve ser encarada como uma luta pela sobrevivência do planeta e de toda a vida que ele contém. E, claro, a ele juntaram-se as pessoas próximas do setor, com quem partilhou o ímpeto e arrebatou novos “missionários”. A Millioneyes também faz parte desta premissa, que devemos cumprir com a nossa quota para que o todo sobreviva e orgulhosamente ficamos no registo histórico deste novo episódio da ótica, como fundadores. Nesta edição damos voz ao mentor do projeto, ao homem que inspira gerações no setor e que ficará nos autos pela inquietude e dinamismo.
Como surge o ímpeto de assumir uma missão tão altruísta como a criação desta “ideia”?
O altruísmo é uma característica genuína, um modo de estar cuja orientação se dedica à partilha e interajuda ao outro. A sustentabilidade não é mais que uma ramificação desse altruísmo.
O que espera que a AASO alcance?
O grupo que ajudou a viabilizar a ideia, com o sentido da manutenção da vida, espera que a AASO venha a ter uma vida longa e cheia de sucessos. Com isto, quero dizer que contamos fazer cumprir a linha dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da agenda da Organização das Nações Unidas. Importar os conceitos generalistas dos ODS e adaptá-los à realidade do nosso setor, de uma forma simples e prática.
Quer desde já lançar premissas para sermos mais sustentáveis enquanto profissionais da ótica, isto para além de nos associarmos à AASO?
Os fundadores da AASO, 11 organizações do ecossistema da ótica e 20 indivíduos provenientes de diferentes setores da sociedade, têm a férrea vontade comum de conseguir propagar esta mensagem: a situação de emergência ambiental obriga a que a intervenção seja imediata, agora, já. São muitos os pequenos gestos que poderão fazer a diferença. Controlar o consumo de água, redirecionar os resíduos do corte das lentes, reduzir o desperdício do material de merchandising, encontrar um “cemitério limpo” para o fim de vida dos óculos e das lentes de contacto, entre outros. Esta não lhes parece uma batalha da comunidade para a humanidade? Este não será um argumento que justifique a existência da AASO e a adesão ao projeto?
Entrevista completa na Millioneyes 116